segunda-feira, 24 de março de 2014

A história do nascimento do Miguel - FINAL ♥


Olá!!
Enfim chegamos a última parte!

Bom, como relatei anteriormente, Miguel nasceu por cesárea eletiva, devido a falta de informação da minha parte e por alguns medos. Vamos ao dia do nascimento então:


-* Estava de jejum (sem tomar água também) e fomos para o hospital às 6:00 hrs: eu, Fe e minha mãe! De mala e cuia. Chegamos lá, abriu a ficha pra internação e já subi com o Fe, minha mãe não pode ir, disse que chamariam quando 'fosse a hora'.


Antes eu tinha ido conhecer a maternidade e uma das funcionárias tinha dito: "Mas o bebê fica o tempo todo com você, viu? Não fica com a gente", com um tom de "Quem pariu Matheus que balance"; eu respondi pra ela: "Mas que ótimo! É isso mesmo que eu quero, ficar com ele o tempo todo :)", aí dela deu uma disfarçada rs Prosseguindo!
Foram lá escutar o coração do bebê, tudo bem, tudo ótimo. Logo minha mãe subiu também e um pouco depois chegou minha sogra. Ficamos lá papeando enquanto esperava o Dr. chegar. Minha sogra deu uma saída e chegou meu sogro. Me levaram pra cirurgia às 8:30. Dei tchau pra quem ficou no quarto e me deu uma sensação estranha, sei lá. Ir sozinha pra uma sala cirúrgica, com um desconhecido é uma sensação mto estranha. O hospital não permite a presença de 1 acompanhante se for cesárea (o que é erradíssimo, já que temos esse direito POR LEI! Lutem por ele. Não interessa a desculpa que o hospital dê, VÁ ATRÁS e se for o caso, chame a polícia). Dizem que é pra evitar risco de infecção; chega a ser engraçado já que se você desejar que fime ou tire fotos, eles permitem filmagem e fotos com uma equipe vinculada ao hospital (só essa, você não pode escolher outra equipe de filmagem/fotografia), mas o pai não pode entrar, porque vai que contamina?!. ha-ha. Quando estava sendo levada pra cesárea, pedi para a moça que estava no posto de enfermagem (a mesma moça que estava me atendendo nesse dia), para avisar a minha família que eles tinham que ir numa outra salinha, porque eles não sabiam. Ela deu uma piscadinha e disse pra deixar com ela, porque ela já estava indo lá arrumar minha cama e aproveitava a avisava.

Chegamos lá, eu já vi um rosto conhecido de uma conhecida, que na verdade é amiga de uma amiga rs Ela disse que se eu fosse ter cesárea, era pra avisar que iria ver se conseguiria ficar como circulante durante a cirurgia e ela conseguiu. Um doce de pessoa! Conversamos um pouco e foram me preparando... O médico chegou, fez algumas piadinhas pra descontrair e o anestesista aplicou a anestesia (que não doeu nada) e a anestesia não teve efeito total, porque eu mexia a perna esquerda, só a direita que não. Teve que dar mais uma dose e aí pegou no tranco.. Sem contar que me deixaram descoberta um tempãooo, e eu lá sem roupa, um monte de gente naquela sala e eu sem saber quem era quem e porque que estavam ali; sem saber quem estava me vendo ali, nua e exposta. Fiz curso de téc. em enfermagem e uma das primeiras coisas que aprendemos nessas aulas, era nunca deixar o paciente exposto. Se você vai mexer na barriga, deixa SÓ a barriga descoberta e nada mais. Fora que era horrível ficar ali sozinha, sem falar com ninguém, sem saber da minha família. O pediatra chegou, o outro médico que auxilia o obstetra também e a cirurgia começou... E eu comecei a ficar nervosa. Nervosa porque não sentia meu bebê mexer (lógico), porque estavam falando de assuntos aleatórios e ninguém me falava nada sobre o bebê ou como estava indo a cirurgia, nervosa com medo de dar errado, enfim, NERVOSA! Principalmente porque tinha uns e outros com a maior cara feiaaa, credo. Aí o anestesista falou bem baixinho no meu ouvido: "Brenda... eu preciso que você se acalme. Sua pressão tá um pouco alta e isso é prejudicial pro bebê, porque diminui o oxigênio pra ele. Respira fundo e tenta se acalmar...". Na horar inspirei profundamente e expirei, então ele disse: "Muito bem... Já melhorou aqui." Não tenho lá muitas qualidades, mas uma das que tenho, é de reagir racionalmente em horas necessárias, sabe? O assunto é sério?? Sério mesmo?? Eu consigo me concentrar em dois segundos e fazer tudo que é recomendado.
Apesar que acho que depois que o Miguel nasceu perdi essa habilidade, porque se ele cai, se corta, acontece alguma coisa, eu já fico de-ses-pe-ra-da chorando junto e meu marido fica super calmo. Eu pego o Mi e choro junto com ele, enquanto o pai age rs


Bom, o anestesista ia conversando comigo o tempo todo e foi me avisando quando ele estava pra nascer; quando nasceu disse: "Parabéns, é um meninão!!!" e aí já levaram o Mi pra fazer os exames e eu lá com o pescoço doeeendo horrores pq tava me contorcendo pra ver tudo que estavam fazendo com ele, se tava tudo bem; sem contar que eu tava LOUCA pra ver a carinha dele. O pediatra estava de costas para mim e quando percebeu que eu estava olhando na direção deles, virou pra mim e deu um sinal de positivo! E eu:
- Tá tudo bem???

E ele deu mais um sinal de positivo. Logo trouxe ele pra mim e a minha PRIMEIRA reação foi pegar, mas foi horrível porque eu esqueci que tava amarrada. Foi muito frustrante!! Eu queria muito muito muitooo pegar... O pediatra disse: "Olha aí sua mamãe..." e eu super: "Oii!! Como você é lindo, filho!!" e dei um beijo nele! O pediatra falou: "Dá mais um beijo pra poder tirar uma foto" e a mocinha amiga da minha amiga (rs) que estava com minha câmera, tirou a foto. Várias aliás rs


O pediatra disse que teria que levá-lo pra aquecer e entregou ele pra Vanessa (essa amiga da minha amiga que praticamente virou minha amiga heuheuhueh). Ela mostrou ele mais uma vez pra mim e depois saiu com ele.
Gente, que vazio que senti... Eu fiquei olhando ela ir embora pelo corredor com ele nos braços, e eu ficava pensando: "Mas ele é meu. Ele acabou de nascer, eu não vi quase nada..." Eu achei estranho porque eu carreguei por 9 meses, eu tive uma ligação com ele todo esse tempo; aí ele nasce, ME MOSTRAM e levam. Assim, super 'normal'. Maaas até então eu achava que aquilo realmente fosse necessário; quando penso nisso hoje, fico muito triste. Mais triste por saber que é algo que já passou e não tem o que fazer quanto a isso, só me resta fazer o melhor com o próximo, né?

Bom!
Fiquei lá mais um tempinho (não muito), o médico terminou de suturar, fizeram curativo e me deixaram num canto da sala enquanto estavam limpando. Aí saíram e eu fiquei sozinha naquele canto. -.-' Pra acabar.
Volteii pro meu quarto e já fui perguntando pro Fe: "Vc viu ele?? Ele é lindo, né?!" e o Fe concordando e tal, disse que já tinha falado com o pediatra e ele disse que o Mi ia ficar um pouco no oxigênio pq nasceu 'cansado', mas assim que desse traria ele pro quarto. E eu já arregalei um olho do tamanho do mundo: "OXIGÊNIO?? Como assim cansado??" mas o Fe nao soube me explicar direito. Não demorou muito e veio pro quarto meu pequeno pacote de felicidade. Lindo, lindo, lindo... ♥ Assim que o vi, falei:
- Ai que bom que vc chegou!! A mamãe nem te viu direito!!

Eis que a funcionária do berçário solta:
- Ah!! Como não viu?! Claroooo que viu!!!
- Vi, mas vi pouco tempo, né? Não dá pra ver direito.
- Ah! Claro que dá!!

Fiquei morrendo de ódio! Será que pensam que UM minuto que a gente vê o nosso filho (pela primeira vez, aliás!) é suficiente? Sério mesmo?! Aff.

Vou ser sincera: claro que eu amei o Mi desde o primeiro minuto em que o vi (aliás, vou além: desde o momento em que o marido ligou pra mim e disse: "Oi mamãe, vc tá grávida!" - sim, ele que pegou o teste de gravidez); mas eu não fiquei babona, sabe?? Porque eu tava TÃO preocupada com ele, que eu ficava com olhos (e ouvidos então!!) super atentos, observando cada partezinha, super preocupada com o resultado dos primeiros exames. Quando saiu, só assim eu relaxei e comecei a curtir!!

Ele me deu menos trabalho do que pensei (de tanto que falaram). Mamava de 3 em 3 horas, dormia bem (bem pra um RN, diga-se de passagem rs), não tinha cólica, nem nada.
Passei por um estresse MUITO grande na maternidade e nos primeiros meses, o que resultou numa depressão pós parto. 
As pessoas que me atenderam no hospital foram super hostis e eu que já estava fragilizada, fiquei em frangalhos (emocionalmente). Ouvi comentários terríveis de gente tirando sarro da aparência do meu filho, tirando sarro da minha aparência, comparando meu filho a um cachorro (!) entre outras coisas. Eu que sonhei muuuito com esse momento, achei que seria cena de novela, sabe? Mas não foi não, infelizmente.
Gosto de relatar sinceramente o que passei, até pra quem passou por algo parecido se sentir 'em casa', porque uma das coisas que ficava passando na minha cabeça era "Tinha que ser comigo? JUSTO comigo?".

Eu lembro do nascimento do Mi como a realização de um sonho, MAS é uma lembrança que me traz um nó na garganta ao mesmo tempo, porque foi tudo muito conturbado, com poucas pessoas realmente envolvidas positivamente e muitos comentários negativos. Uso dessa experiência pra fazer tudo diferente da próxima vez.

Resumo do nascimento do Mi: deu certo na questão de que saímos bem dali, não tive complicações por conta da cesárea, a recuperação levou o tempo normal. O lado negativo é que tiveram muitos comentários maldosos, hostilidade tanto por algumas pessoas próximas quanto por funcionários do hospital, dificuldade com amamentação - tendo que ouvir de funcionária que era bom que eu passasse por aquilo, assim eu aprendia e falava pra futuras mães pra se preparem melhor-, e pra fechar com 'chave de ouro', depois  descobri depois que o Miguel nasceu considerado prematuro (conto em outro post).

No próximo post, vou mostrar pra vocês a carta de reclamação que entreguei a enfermeira chefe, na presença da enfermeira da maternidade e como foi minha conversa com elas.

Então beijoss e até o próximo post!

3 comentários:

  1. Ei Brenda! O nascimento de um filho é uma glória, falta palavra para explicar a dedicação e o amor que temos por eles.

    Bem como sobra palavras de pessoas mal resolvidas e que destilam venenos a reveria. Nisso sofri na pele, e até hoje acontece. Como tem gente invejosa nesse mundo, infelizmente.

    Mas o importante é que Miguel é lindo, tem uma mamãe cheia de amor e disposta a crescer com ele. Pois é assim que eu me sinto com a Laura, crescendo junto com ela.

    A história de vocês é linda. Repito, vocês são vencedores!

    Beijão carinhoso!!

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  2. Nosssa eu sumida tiver que ler e ler pra trás... Parabéns e agora ele está lindo e esperto...bjo
    [

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  3. Nossa não acredito que passou por tudo isso.
    Aqui meu marido pode assistir e ver tudo, o acompanhou até a salinha para os exames.
    Um absurdo não deixarem o Pai assistir o parto, e poder entrar uma pessoa desconhecida para filmar pode? Sacanagem.
    E quanto aos medicos e enfermeiras, eu lamento. Acho que as pessoas que trabalham com isso tem que amar, e ter carinho pelo que faz. E ajudar, não ficar deixando a mãe mais nervosa ainda.
    Eu tive um parto especial, e preparado por Deus, porque toda a equipe foi maravilhosa, e tenho boas recordação.
    Que bom que fez uma carta de reclamação, acho que todas tem que fazer, e mostrar o que esta errado. Bjs
    Vivi e Isaac

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