quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A história do nascimento do Miguel - Parte 1 ~*

Olá!!
Hoje quero contar pra vocês a história do nascimento do Miguel, desde o começo... Por isso vou dividir em partes!
Algumas pessoas sabem como tudo aconteceu, outras não sabem todos os detalhes e outras não sabem nada. Então vamos lá:


Quando faltavam 3 meses pro meu casamento, meu marido e eu decidimos engravidar. Quando fui ao primeiro médico, ele já tirou todas as minhas esperanças. Disse que era muito difícil engravidar rápido, que poderia levar até 1 ano ou mais. Ele só entraria com alguma abordagem só se tentássemos por 1 ano sem sucesso. Aí já me disse que eu tinha ovário policístico e enfim, saí de lá super desanimada.
Porém, 1 mês depois e eu já me encontrava grávida! :) Já espalhamos a notícia pra meio mundo! Fui em outro médico dessa vez (aliás, antes de pensar em engravidar, já tinha ido nesse médico e ele pediu para que eu fosse lá com 6 meses de antecedência quando quisesse tentar, porque aí ele me prepararia para a gestação). Já estava tomando ácido fólico bonitinho e fiz os exames que ele passou. Lá descobrimos que meu sangue era B e o fator Rh negativo. O fator Rh positivo possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos, quem não tem esse antígeno, é Rh negativo (meu caso). Isso só é importante se o bebê for Rh POSITIVO. Se ele for, a mãe tem que tomar uma vacina até 72 horas após o parto. Mas por quê? Pelo seguinte motivo: se o sangue do bebê entrar na corrente sanguínea da mãe, o sistema imunológico dela pode reagir contra esse antígeno D do sangue do bebê, como se ele fosse um "invasor", e aí pode produzir anticorpos contra ele (podendo provocar anemia, icterícia ou até mesmo insuficiência renal e hepática).  A vacina é extremamente importante, porque uma vez que haja sensibilização, vai permanecer pra sempre no seu corpo. Essa vacina destrói rapidamente qualquer célula do bebê que esteja na sua circulação, antes que você comece a produzir anticorpos. Durante a gestação, fiz um exame chamado Coombs Indireto, pra ver se tinha criado sensibilização contra o bebê. Não se fazia todo mês, graças a Deus nunca deu nada e um dia depois do nascimento do Mi, já tomei a vacina. É bem dolorida, mas é necessário né? Agora se no exame durante a gestação você descobrir que houve sensibilização, aí vão monitorar a gestação mais de perto para detectar possíveis sinais de anemia no bebê.
Ah, se descobre o tipo sanguíneo do bebê no dia do nascimento mesmo, é retirada uma amostra do cordão umbilical. 
Mas enfim!!

Eu estava super empolgada com essa gestação e na primeira consulta, foi meu marido e meu melhor amigo. E eles ficaram bravíssimos comigo quando eu saí da sala falando que tinha visto o bebê no US.
Os dois: ":O PQ VC NÃO CHAMOU A GENTE??"
- Mas eu não sabia que ele ia fazer US... Não deu pra ver nada, era só um pontinho ali rs
- Mesmo assim!!!!!

E eu tava adorando tuudo! Ganhei um livro do médico falando sobre a gestação e o parto e estava me sentindo a mais grávida de todas e ficava até imaginando que chique seria dizer pra alguém: "Sair hoje? Não posso.. Tenho consulta de pré natal!"  ;*


Logo no comecinho eu tive um sangramento leve que não passou e aí fui parar no hospital. Fiquei lá em observação e quando fizeram US, disseram que o bebê tava muito pequeno, por isso não dava pra ver os batimentos cardíacos, mas que estava tudo bem. Fui pra casa  e no mesmo dia tive mais sangramento e fui pro consultório do médico. Lá ele faz um US e disse:
- Oh.. tá vendo aqui? Era pra ter movimento aqui, era pro coraçãozinho dele estar batendo já....
- Uhum.... (e já olhei pra cara do meu marido - na época namorado - com aquele nó na garganta se formando)
- Então... não há batimentos aqui. Você perdeu o bebê, eu sinto muito....
 Eu fiquei arrasada... Chorei muito ali mesmo na frente do médico que ficou olhando com uma cara de: "Odeio ter que dizer isso". Saímos dali e eu já não queria nem casar mais. Perdemos o bebê faltando uma semana pro casamento. Eu não estava no clima pra festa nem nada, mas no fim me convenceram que já estava tudo pronto, vários contratos assinados, não ia dar pra desistir na última hora. O casamento foi muito legal, surpreendentemente consegui me divertir e até esquecer essa dor, mas lembrava a cada vez que alguém vinha falar: "Parabéns pelo casamento e pelo bebê! Que venha com muita saúde" e passava a mão na minha barriga. Não deu tempo de avisar a todos que tínhamos perdido, então muita gente veio nos parabenizar também pelo bebê.
Esperamos 6 meses pra tentarmos de novo, e nesse tempo de espera continuei tomando meu ácido fólico religiosamente! Ahhh, esse meu médico 'esqueceu' de me dar a bendita vacina, tomei diaaas depois. Aí descobri que nem precisava ter tomado porque ela não teria efeito nenhum, já que passou das 72 horas. Ou seja, R$200,00 jogados no lixo. Falam que é MUITO difícil ocorrer sensibilização em casos de aborto e tal, mas é bom prevenir, né? 
Mudamos de médico mais uma vez e cheguei com a tocha acesa:
- Eu quero engravidar, já perdi um bebê, meu sangue é negativo e tenho ovário policístico!


- ... Ok. Bom, sobre o sangue ser negativo não tem problema nenhum, podemos cuidar disso. E vc não tem ovário policístico, se tivesse, eu saberia na hora porque você apresentaria as características. Por que do aborto?
- O médico disse que era anencefalia...


E aí conversamos e na hora ele já começou a anotar um monte de coisa e começar um tratamento pra engravidar. Tomei um remédio para continuar ovulando regularmente (já que meu ciclo era irregular) e tinha os dias certos pra ter relação, aproveitando o período fértil*. Em 2 meses engravidei. De gêmeos. Idênticos. 

-

Como o post tá muito grande e gosto de falar todos os detalhes de tudo, a saga continua no próximo post, ok?! rs

Beijos e até mais!!!

* Gente, depois eu descobri através de outros especialistas que a melhor coisa é engravidar NATURALMENTE, sem medicamento nenhum, que só se deve usar medicamentos em casos realmente necessários. Acredito que eu não precisava, poderíamos ir tentando até o tempo em que os próprios médicos dizem ser o normal (1 ano a 1 ano e meio). O remédio que eu tomei aumenta a chance de ter gêmeos, e por mais incrível que seja engravidar de gêmeos, devemos levar em conta que é uma gestação de risco. Então enquanto for viável, melhor optar pelo natural mesmo, na minha opinião : )

5 comentários:

  1. A não acredito que não vai contar o restante.
    Eu sei como é perder um bebe, na verdade perdi 2 antes do Isaac. Mas hoje sei que tudo é permissão de Deus.
    Nossa não sabia que tinha remedio que ajudava na ovulução,e isso ajuda a ter gemeos.
    Vou esperar pelas cenas dos proximos capitulos.
    Bjs
    Vivi e Isaac

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  2. Doida pra saber o restante da história.
    Que luta.
    Bju

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  3. que historia, vejo que cuido bem cedinho o que é muito importante,
    e ter uma gestação sem medicamentos
    engravidar sem remédios sem duvidas é uma benção
    Nanda
    beijokas
    Linda noite

    Sendo a mãe da Isa e da Gabi
    Google+Nanda

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  4. oi amiga
    passando pra te desejar uma linda semana
    Nanda
    beijokas
    Linda Noite

    Sendo a mãe da Isa e da Gabi
    Google+Nanda

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  5. Oi Brenda! Quantas experiências antes da chegada do Miguel. E que bom que você venceu e aprendeu todas. Aguardando as outras partes da história. Beijo e ótimo domingo!

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E vamos lá de novo...

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